REVISÃO FUNDAMENTAL DA SEMANA (4 a 8 de novembro de 2024)

A semana atual pode ser uma das semanas principais deste ano civil. Haverá dois acontecimentos significativos nos mercados financeiros, e ocorrerão quase em simultâneo - o grau de volatilidade poderá aumentar e diminuir mais do que uma vez. Quais são as novidades que os investidores aguardam ansiosamente?

É muito difícil passar despercebido - ambos os eventos são destacados no calendário com o mais alto nível de importância - são as eleições nos EUA a 5 de novembro e a reunião da Fed a 7 de novembro e decisões económicas no país, afetando o mercado cambial. , a inflação e as taxas. A vitória de Harris pode fazer com que o dólar caia e o mercado bolsista suba, mas possíveis protestos dos apoiantes de Trump podem adiar por algum tempo esta “positividade do mercado” (terminando o período de incerteza). Só quando toda a excitação desaparecer é que os mercados se lembrarão de que a Fed está a ligar a sua impressora e a começar a baixar as taxas e a voltar a comprar todos os títulos americanos que estão "mal por aí".

Se Trump ganhar, as suas políticas comerciais e fiscais dependerão do Congresso e, sem o seu apoio, a implementação das medidas prometidas será complicada. Ao mesmo tempo, Trump irá lutar por taxas baixas, mantendo a pressão sobre a Fed para estimular ao máximo a indústria da construção, que é o seu ponto forte. Um ponto importante para Donald é se ganhará o controlo do Congresso dos EUA. Sem controlo sobre o Congresso, a atenção de Trump poderá desviar-se para questões geopolíticas. O que reduzirá o início potencialmente mais rápido das taxas mínimas do regulador.

Neste contexto, a reunião do “Banco Central” americano de 7 de Novembro esbate-se um pouco, mas ainda assim não vale a pena anular. É provável que a Fed reduza a taxa em 0,25% na reunião de Novembro devido à desaceleração da inflação e ao enfraquecimento do mercado de trabalho. No entanto, a dinâmica depende dos resultados eleitorais, uma vez que uma vitória de Trump poderá levar a um confronto mais difícil entre ele e o presidente da Fed, Powell, o que poderá agravar a volatilidade do mercado e aumentar o ritmo dos cortes nas taxas .

Eventos significativos são também esperados noutros mercados. O Banco de Inglaterra, tal como a Fed, também deverá cortar as taxas na sua reunião de quinta-feira, face ao aumento dos rendimentos das obrigações governamentais. Será também importante ver como se comparam os votos dos membros do conselho do regulador britânico para a manutenção/redução das taxas.